Escolher um software livre nem sempre é tarefa fácil. Geralmente existem algumas alternativas, cada qual com seus pontos fortes e fracos. Quando o software é para sua empresa, então, a tarefa é ainda mais difícil. Você não vai querer investir esforços e tempo na adoção de um software para só depois descobrir que a escolha não foi boa. O que pode ser feito para diminuir esse risco? As dicas abaixo podem ajudar.
1. Projeto está ativo
A primeira coisa a ser verificada é o projeto de desenvolvimento do software. Muitos projetos são abandonados depois de algum tempo. É claro que um projeto pode ser abandonado a qualquer momento. Mas outra coisa é adotar um software que já esteja abandonado. Para evitar que isso aconteça, consulte o site do projeto (Github etc). Verifique se ele ainda está ativo, ou seja, se existe alguma atividade recente (novas versões, commits etc).
2. Projeto é maduro
A maioria dos projetos geralmente é abandonada no seu início. Assim, escolher um projeto maduro diminui o risco de ele ser abandonado no médio prazo. Há quanto tempo um projeto precisa existir para ser considerado maduro? Bom, isso é muito subjetivo. Mas acredito que um projeto com pelo menos dois anos já seja um excelente ponto de partida. Projetos maduros, além de terem uma expectativa de vida maior, costumam ter menos bugs.
3. Comunidade está ativa
Um projeto de software não é formado apenas pelos seus desenvolvedores. Para existir, ele depende também de uma comunidade de usuários. Assim, é importante que exista um fórum ativo. A quantidade de moderadores e de usuários de um fórum diz muito sobre o software em questão. Existem posts recentes? Os posts recentes estão sendo respondidos? O fórum está em inglês?
Caso não exista um fórum, talvez exista uma lista de distribuição para troca de e-mails.
4. Documentação
Você não pode depender apenas da comunidade para tirar suas dúvidas. É importante que exista um mínimo de documentação (roteiros de instalação, configuração etc...). É bom que essa documentação esteja disponível e atualizada de acordo com as últimas versões do software. Se a plataforma de documentação for colaborativa (Wiki etc...), melhor ainda.
5. Registro de bugs
Nenhum projeto é perfeito. Então precisa existir uma forma de a comunidade fornecer feedback sobre os bugs e problemas encontrados. A melhor forma de se fazer isso, na minha humilde opinião, é por meio de um site de registro de bugs (Jira, Bugzilla, Tracker etc...).
6. Internacionalização colaborativa
Uma boa forma de expandir a adoção de um software é se preocupando com a sua internacionalização. Se ela for colaborativa, a chance de isso ocorrer vai ser ainda maior. Verifique se existe alguma plataforma onde a comunidade possa colaborar com a internacionalização do software (Transifex etc...).
7. Suporte técnico
Utilizar software livre geralmente é muito mais barato do que obter licenças de um software proprietário. Mas como qualquer outro software, existe uma curva de aprendizado para dominar a configuração da ferramenta. Pode acontecer das pessoas na sua empresa que possuem esse capital intelectual saiam. Por isso, dependendo da situação, talvez sua empresa precise contratar um suporte técnico para manter as coisas funcionando. Ter um software livre é bom, mas poder contar com um suporte técnico quando você precisar é ainda melhor. Então é prudente verificar se existem empresas que possam prestar esse tipo de serviço para uma eventualidade.
8. Blog sobre novidades
Em alguns casos os desenvolvedores mantém um blog para falar das novidades das últimas versões e, melhor ainda, do roadmap do que será lançado no futuro. Fica muito mais fácil adotar um software sabendo dessas coisas, então é algo certamente desejado.
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